Todo beneficiário ou empresa se preocupa com o reajuste de planos de saúde. E se você é uma dessas pessoas já preocupadas com o reajuste de planos de saúde 2023, vamos te orientar sobre tudo o que você precisa saber sobre esse assunto tão importante.
Em geral, o reajuste dos planos de saúde pode significar um forte impacto no orçamento individual e até mesmo empresarial, conforme o proposto pela operadora. Porém, é importante o beneficiário saber que para alguns casos, esse reajuste responde a regras determinadas.
Assim, vamos te explicar como geralmente o reajuste dos planos de saúde é calculado e o que poderá impactar o reajuste dos planos de saúde 2023. Confira!
Como funciona o reajuste do plano de saúde?
Para começar, você sabe como funciona o reajuste do seu plano de saúde? Um fato muito importante é que o reajuste do plano de saúde depende do tipo de plano de saúde.
Planos de saúde individuais e familiares têm reajustes diferentes de planos de saúde coletivos por adesão ou planos de saúde empresariais.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão federal que fiscaliza e regulamenta os planos de saúde no Brasil determina o índice de reajuste somente dos planos de saúde individuais ou familiares.
Assim, a ANS não determina o índice de reajuste praticado pelas operadoras nos planos de saúde coletivos por adesão e também nos planos de saúde empresariais.
Para quem tem plano de saúde individual e familiar, o índice de reajuste determinado pela ANS em 2022 foi considerado “elevado” por muitos, sendo de 15,50%. Esse percentual foi considerado elevado, pois, geralmente, o índice determinado pela ANS para o reajuste dos planos de saúde individuais fica bem abaixo dos determinados pelas operadoras no reajuste de planos empresariais ou coletivos por adesão.
No ano anterior, no entanto, o índice determinado pela ANS ficou negativo em mais de 8%. Ou seja, os planos de saúde individuais e familiares em 2021 tiveram seus valores de mensalidade reduzidos em 8,21%, conforme determinado pela agência.
A expectativa para 2023 é que a ANS determine um reajuste de 10% a 12%, em função dos valores de inflação no período, além de outros fatores também.
Mas, antes de falarmos mais sobre as expectativas do índice de reajuste de planos de saúde 2023, vamos falar sobre quais são os reajustes aplicados dentro da lei pelas operadoras de plano de saúde.
Reajustes determinados pela Lei nos planos de saúde
Você sabia que há três reajustes determinados por Lei que uma operadora de plano de saúde pode aplicar? Vamos ver quais são esses reajustes.
Reajuste anual
É geralmente o que os beneficiários mais se preocupam. Ocorre uma vez a cada 12 meses, geralmente na data de aniversário do plano e é determinado pela operadora do plano de saúde, em caso de planos empresariais ou coletivos por adesão.
No caso de planos de saúde individuais ou familiares, esse índice é o determinado pela ANS.
Infelizmente, nos últimos anos, as operadoras de planos de saúde têm praticado aumentos bastante elevados para os planos de saúde coletivos por adesão e também para planos de saúde empresariais.
Por isso, é sempre importante o beneficiário estar atento e talvez buscar outra opção de plano de saúde, dentro da mesma faixa de preço, porém de outra operadora, talvez com um índice de reajuste anual mais ameno. Assim, o beneficiário poderá realizar a portabilidade e conseguirá economizar com o plano de saúde.
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Reajuste por faixa etária
Outro reajuste permitido por Lei é o reajuste por faixa etária. Significa que quanto mais velho o beneficiário for, maior pagará pela mensalidade do plano de saúde. Porém, esse reajuste também segue normas determinadas pela ANS.
Uma das regras é que não pode haver uma diferença maior de 6x entre a primeira e a décima (última) faixa etária. Portanto, a operadora só poderá aplicar o valor máximo de 500% de reajuste entre a primeira faixa etária e a última.
Assim, em um determinado plano de saúde, por exemplo, se na primeira faixa etária (de 0 a 18 anos), o valor do plano de saúde é de R$ 500,00, para um paciente de 59 anos, o valor cobrado deverá ser de no máximo R$ 3.000,00.
Afinal, o índice determinado pela ANS pelo reajuste por faixa etária é de no máximo 6x entre o valor da primeira faixa (R$ 500,00) e o valor da última faixa (R$ 3.000,00).
Outra regra determinada pela ANS em relação ao reajuste da faixa etária se concentra na variação acumulada entre a sétima faixa (44 anos) e a décima faixa (59 anos), a qual não pode ser superior à variação entre a primeira faixa e a sétima.
Isso porque a ANS proíbe que as operadoras apliquem aumentos abusivos para beneficiários das faixas etárias mais avançadas, ou seja, com mais idade. Inclusive, beneficiários com mais de 59 anos (última faixa etária), com mais de 10 anos de planos, não poderão mais sofrer reajuste por faixa etária.
Assim, com isso, a operadora do plano de saúde não poderá colocar índices mais altos de reajustes para idades mais avançadas no que se refere ao reajuste de faixa etária.
No entanto, isso nem sempre seja observado por todas as operadoras, resultando em vários processos judiciais de beneficiários de mais idade contra determinadas operadoras de planos de saúde.
Reajuste por sinistralidade
Por último, o reajuste por sinistralidade também é permitido em Lei. Esse reajuste ocorre quando a operadora do plano de saúde alega que houve um número bem maior de sinistros (atendimentos somados a despesas assistenciais) do que previstos.
Para evitar isso, em planos de saúde empresariais, sempre há necessidade do uso consciente do plano de saúde pelos beneficiários, além de campanhas internas de prevenção de doenças, vacinação e promoção de saúde.
Além disso, é sempre importante descrever que serviços públicos estão disponíveis a todos os brasileiros, tais como os programas de atendimento em postos de saúde comunitários.
Já grandes empresas preferem adotar o seguro stop loss, para evitar aumentos abusivos devido à sinistralidade.
Fatores que impactam no reajuste dos planos de saúde 2023
Agora que você já sabe quais são os três tipos de reajuste previstos em Lei para os planos de saúde, vamos falar dos fatores que podem impactar o índice de reajuste aplicados pelas operadoras.
- Inflação
O reajuste dos planos de saúde, na teoria, deveria repor o índice perdido pela inflação. No entanto, na prática não cobre somente a inflação oficial.
A inflação oficial é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sendo um índice composto pela média vários produtos e serviços. Para 2023, a expectativa é que o IPCA ficasse em 6,05%.
Porém, as expectativas do mercado é que essa previsão não se cumpra e a inflação ao final do ano ultrapasse esse valor.
- Inflação médica
Embora não seja um índice oficial, a inflação médica costuma afetar bastante o índice de reajuste dos planos de saúde. De fato, ela também é conhecida por variação de custo médico-hospitalar. Ela representa o valor das despesas médico-hospitalares das empresas prestadoras de serviços médicos gasto com cada beneficiário do plano de saúde.
Esse índice não-oficial é calculado em virtude de uma série de fatores, tais como envelhecimento da população, maior investimento necessário pelos planos de saúde em tecnologia, aumento no preço de medicamentos, dentre outros fatores.
- Índice de sinistralidade
Conforme já explicamos, a sinistralidade é o índice determinado pelo que o plano de saúde teve de receita, menos o que gastou com acessos e despesas assistenciais. Quando essa conta torna-se negativa, ou seja, o gasto do plano foi bem maior que suas receitas, o índice de reajuste costuma ser mais pesado.
Além disso, é importante ressaltar que a operadora de todo plano de saúde é uma empresa, ou seja, necessita honrar seus compromissos financeiros com seus colaboradores, bem como ainda ter lucro e conseguir investir.
Por isso, cada vez mais, o uso consciente do plano de saúde pelos beneficiários é beneficial para um menor índice de sinistralidade.
Como saber se o reajuste do plano de saúde está certo?
Após toda essa informação, fica a expectativa sobre o reajuste dos planos de saúde 2023. Algumas operadoras têm prazos diferentes para divulgar seus índices de reajuste anuais.
Porém, o beneficiário poderá se atentar à informação desse artigo, para checar se o reajuste do seu plano de saúde está correto.
Primeiramente, saiba o tipo de plano de saúde que você tem, se é individual/familiar, ou coletivo por adesão, ou empresarial. Se for individual/familiar, seu índice de reajuste será divulgado pela própria ANS e a operadora deverá seguir esse índice.
Já se for empresarial ou coletivo por adesão, aguarde o pronunciamento da operadora. Caso o índice tenha sido muito acima do que você esperava, procure negociar, se houver interesse com a operadora.
De fato, muitas operadoras estão dispostas a negociar, sobretudo em casos em que o índice de sinistralidade foi baixo.
Porém, se o índice de reajuste ficar muito acima do esperado, já considerou trocar de plano de saúde? Entre em contato com nossos corretores e peça uma simulação de outros planos de saúde que poderão atender às suas necessidades e ficar dentro do seu orçamento!
Algumas dicas para economizar no plano de saúde é trocar acomodação individual (apartamento) por acomodação coletiva (enfermaria) ou optar por um plano com coparticipação. Assim, o valor da mensalidade diminuirá e você não precisará abdicar da rede credenciada do seu plano atual.
Mas, se preferir, sempre há outras boas opções de planos de saúde de outras operadoras, que possam também ser bastante interessantes a você. Solicite uma simulação hoje mesmo!