Você sabe se seu plano de saúde cobre cirurgia de lipedema? Já descrevemos em outros artigos se o plano de saúde cobre cirurgia de joelho, cirurgia de ginecomastia, cirurgia plástica e cirurgia de miopia.
Agora, vamos falar especificamente da cirurgia de lipedema e se o plano de saúde cobre ou não esse tipo de procedimento cirúrgico. Para você não ter dúvidas sobre se o plano de saúde cobre cirurgia de lipedema, descreveremos tudo o que você precisa saber sobre esse assunto. Confira!
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O que é lipedema?
O lipedema é caracterizado pelo acúmulo desproporcional de gordura, seja nas pernas ou braços, quando comparado ao tronco.
Embora muitas pessoas acreditem que o lipedema seja o mesmo que obesidade, há diferenças. No caso, o lipedema não responde bem aos exercícios físicos e dieta.
De fato, o lipedema é uma doença inflamatória crônica, caracterizada pelo acúmulo localizado e desproporcional de gordura nos membros. Em geral, o lipedema envolve alterações no sistema vascular e linfático, podendo também estar associado a outra condição, o linfedema, alterações nos vasos linfáticos.
Um médico poderá diagnosticar o lipedema, ao realizar a avaliação clínica do paciente. Além disso, a apalpação da região é importante. Alguns exames de imagem podem ser realizados para eliminar outras hipóteses diagnósticas.
Dentre os exames comumente solicitados ao paciente com hipótese diagnóstica, estão o ultrassom com doppler, para avaliação do fluxo sanguíneo da região; a linfocintilografia, para avaliação do sistema linfático; a ressonância magnética, para maior detalhamento do acúmulo de gordura na região.
Classificação do lipedema como doença crônica
No passado, o lipedema era confundido com obesidade, somente. Mas, recentemente, o lipedema foi caracterizado como uma doença crônica. Com isso, ele entrou para a Classificação Internacional de Doenças (CID). Agora, o lipedema é tem CID EF 02.2.
Dessa forma, à medida que o lipedema assume a classificação de doença crônica, seu tratamento cirúrgico, com lipoaspiração, deixa de ser encarado somente como um procedimento estético.
Afinal, antes dessa classificação, sendo considerada uma cirurgia para um procedimento estético, o Sistema Único de Saúde (SUS) não apresentava obrigatoriedade de realizar o tratamento, assim como os planos de saúde também não.
Inclusive, no passado, o lipedema não era diagnosticado como uma doença pelos médicos e recebia pouca atenção. Os pacientes, então, não tinham a possibilidade de tratamento cirúrgico como parte do tratamento, custeado pelo plano de saúde, visto que isso só era possível de forma particular.
Porém, agora, com o lipedema sendo considerada uma doença crônica e progressiva, tendo CID-10, a doença deverá ter diagnóstico correto e ter o seu tratamento oferecido ao paciente.
Quais os sintomas do lipedema?
Quem tem lipedema apresenta dor e desconforto na região do acúmulo de gordura. Com isso, muitas vezes, o paciente com lipedema tem maiores dificuldades de movimentação, devido ao impacto desse acúmulo de gordura nos membros.
Quando presente nas pernas, o lipedema também leva a sensibilidade na região, bem como inchaço nas pernas.
Na pele, podem aparecer manchas roxas (equimoses) e nódulos palpáveis.
Causas do lipedema
Embora não se saiba ao certo porque algumas pessoas têm lipedema e outras não, algumas causas são frequentemente associadas ao surgimento do quadro. São as seguintes:
- Mudanças hormonais;
- Gravidez;
- Uso de anticoncepcionais orais;
- Menopausa;
- Causas genéticas.
Qual é o tratamento para lipedema?
O tratamento para lipedema envolve o diagnóstico correto e, primeiramente, é feita uma tentativa de um tratamento conservador.
Esse tratamento conservador envolve uma série de medidas cujo objetivo é reduzir a inflamação local e o acúmulo da gordura na região.
Essas medidas incluem:
- Drenagem linfática;
- Mudança no estilo de vida, com mais movimentação dos membros;
- Uso de meias de compressão, quando o lipedema está na porção inferior das pernas;
- Dieta anti-inflamatória;
- Controle de demais doenças concomitantes.
A cirurgia só é indicada para pacientes quando a terapia conservadora não apresentou resultados satisfatórios.
Na cirurgia, o acúmulo de gordura é lipoaspirado. Por isso, por muito tempo, o lipedema foi considerado um procedimento puramente estético, embora não seja.
Quem faz cirurgia de lipedema?
Quem é o profissional indicado para fazer cirurgia de lipedema é o cirurgião vascular. Mas o profissional também terá o acompanhamento de outros profissionais, pois, o tratamento do lipedema também inclui demais profissionais, tais como endocrinologistas, fisioterapeutas, dentre outros.
Plano de saúde cobre cirurgia de lipedema?
Sim, à medida que o lipedema entrou para a Classificação Internacional de Doenças (CID), sendo considerada uma doença crônica e com a indicação da cirurgia pelo médico, o plano de saúde deverá cobrir a cirurgia de lipedema.
Conforme já descrevemos anteriormente, quando um procedimento é somente estético, como as cirurgias plásticas estéticas, o plano de saúde não tem obrigação de cobrir.
Porém, quando é o caso de uma doença reconhecida e quando há indicação médica da cirurgia para tratamento de lipedema, o plano de saúde deverá cobrir essa cirurgia.
Como fazer cirurgia de lipedema pelo plano de saúde?
Primeiramente, o beneficiário do plano de saúde não deverá estar nas condições em que procedimentos cirúrgicos eletivos não são liberados pelo plano de saúde. É o caso de quando o beneficiário está no período de carência.
Já descrevemos em outro artigo sobre a cobertura parcial temporária de planos de saúde.
Mas, quando o beneficiário não está nas condições de ainda cumprir carências, então, o plano de saúde deve cobrir a cirurgia de lipedema. Para isso, o beneficiário poderá entrar em contato com a operadora do seu plano de saúde, para obter os passos para essa liberação.
- Pedido de cirurgia e laudo médico
Em geral, os passos costumam ser parecidos, independentemente do plano de saúde. A começar, o paciente necessita passar com um médico cirurgião vascular, o qual fará o pedido da cirurgia e também o laudo médico, no qual justifica a necessidade da cirurgia.
Alguns planos podem exigir que o paciente já tenha passado algum tempo em tratamento conservador para lipedema, não obtendo bons resultados. Entretanto, isso não é uma regra.
Além disso, alguns exames podem ser solicitados, inclusive, a avaliação do cardiologista, para que o paciente possa receber anestesia geral.
Em posse de todos os documentos e exames, o plano de saúde poderá ainda solicitar a avaliação de outro médico para o caso.
Ao final, se em posse de tudo o que foi exigido pelo plano, se ainda assim, o beneficiário não obtiver a liberação para a cirurgia, então, o beneficiário deverá buscar aconselhamento legal e até mesmo entrar com uma liminar judicial, exigindo a cobertura da cirurgia.
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